Adsorção de zinco em solos altamente intemperizados

José Carlos Casagrande, Marcio Roberto Soares, Ernesto Rinaldi Mouta

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pH e da força iônica sobre a adsorção de zinco, em três solos altamente intemperizados, com predomínio de cargas variáveis. A partir de experimentos tipo "batch", foram elaboradas isotermas de adsorção, com quantidades crescentes de Zn (0–80 mg L-1), e envelopes de adsorção foram feitos pela reação de amostras de terra com soluções de Ca(NO3)2 0,01, 0,1 e 1 mol L-1 e 5 mg L-1 de Zn, submetidas a variações de pH (3–8). A força direcional da reação de adsorção de Zn foi estimada pela energia livre de Gibbs e pelo fator de separação. As isotermas foram do tipo C, H e L, e os resultados experimentais ajustaram-se ao modelo de Langmuir. A adsorção máxima variou de 59 a 810 mg kg-1, e o coeficiente de afinidade foi maior em subsuperfície (0,13–0,81 L kg-1) do que em superfície (0,01–0,34 L kg-1). A adsorção de Zn foi favorável e espontânea, e mostrou nítido aumento (20–90%) no intervalo de pH entre 4 e 6. Não houve efeito da força iônica nos valores de pH abaixo de 5, o que indica o predomínio de mecanismos de adsorção específica na faixa de pH 3–5. Acima de pH 5 e no subsolo, o Zn foi adsorvido por mecanismos eletrostáticos, já que foi observado efeito da força iônica. Apesar dos efeitos da profundidade e da força iônica, a adsorção de Zn depende principalmente do pH.

Palavras-chave


pH; envelope de adsorção; isoterma de adsorção; força iônica; elemento-traço

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