Resistência de insetos de produtos armazenados à fosfina

Marco Aurélio Guerra Pimentel, Lêda Rita D'Antonino Faroni, Maurílio Duarte Batista, Felipe Humberto da Silva

Resumo


Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resistência à fosfina, em populações de insetos (Tribolium castaneum, Rhyzopertha dominica, Sitophilus zeamais e Oryzaephilus surinamensis), de diferentes regiões do Brasil, e verificar se o mecanismo predominante de resistência à fosfina, nessas populações, envolve a redução das taxas respiratórias. Dezesseis populações de T. castaneum, 15 de R. dominica, 27 de S. zeamais e oito de O. surinamensis foram coletadas em 36 locais de sete estados brasileiros. Cada população foi testada quanto à resistência à fosfina, com base na resposta dos adultos à concentração discriminante, de acordo com o método padrão da FAO. Para cada espécie de insetos, as produções de dióxido de carbono da população mais resistente e a da mais suscetível foram inversamente relacionadas à resistência à fosfina. Os testes de detecção identificaram possíveis populações resistentes à fosfina. R. dominica e O. surinamensis foram menos suscetíveis à fosfina do que as outras duas espécies. As populações com menor taxa respiratória apresentaram menor mortalidade à concentração discriminante, o que está possivelmente relacionado ao mecanismo de resistência à fosfina. A resistência à fosfina ocorre em insetos de produtos armazenados, em diferentes regiões do Brasil, e o mecanismo de resistência envolve a redução da taxa respiratória.

Palavras-chave


<i>Oryzaephilus surinamensis; Rhyzopertha dominica; Sitophilus zeamais; Tribolium castaneum</i>; resistência a fumigante; taxa respiratória

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