Decomposição da serrapilheira de Arachis pintoi e Hyparrhenia rufa em sistemas de monocultura e consórcio sob solo de várzea

Christiane Abreu de Oliveira, Maria Rita Scotti Muzzi, Hortênsia Abrantes Purcino, Ivanildo Evódio Marriel, Nadja Maria Horta de Sá

Resumo


Pastagens tropicais sobre solos de várzea são geralmente subutilizadas. A serrapilheira de leguminosas forrageiras pode ser usada para a recuperação destas pastagens. O objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica de decomposição de Arachis pintoi (arachis), Hyparrhenia rufa (capim jaraguá) e da mistura destas espécies, em solo de várzea. Estes tratamentos foram analisados em três áreas: monocultivo da gramínea; monocultivo da leguminosa e no consórcio entre as espécies durante as estações seca e chuvosa. Sacos de decomposição contendo a serrapilheira da leguminosa ou da mistura das espécies foram incubados para estimar a taxa de decomposição e colonização microbiana. A taxa de decomposição e o tempo de meia-vida (T1/2) foram estimados por um modelo exponencial, e o número de microrganismos foi determinado por meio de diluição em placas em meios específicos. A liberação de nutrientes, a taxa de decomposição, e o número de microrganismos, especialmente bactérias, aumentaram quando arachis foi adicionado ao capim jaraguá, com influência da relação favorável de lignina/N e C/N do resto desta cultura. Quando arachis foi incubado em parcelas de monocultivo da gramínea, 50% do total de N e P foi liberado em 135 dias na estação seca e em 20 dias na estação chuvosa. Estes resultados indicam que A. pintoi tem um grande potencial para ciclagem de nutrientes e pode ser uma estratégia na recuperação de áreas degradadas.

Palavras-chave


forrageiras; microrganismo; arachis; matéria orgânica do solo; capim jaraguá

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