Toxidade de pimetrozine e tiametoxan a Aphelinus gossypii e Delphastus pusillus

Jorge Braz Torres, Christian Sherley Araujo Silva Torres, José Vargas de Oliveira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi estudar a toxicidade de pimetrozine e tiametoxam ao parasitóide do pulgão-do-algodoeiro Aphelinus gossypii Timberlake e ao predador da mosca-branca Delphastus pusillus (LeConte). Folhas de algodoeiro contendo múmias do parasitóide A. gossypii foram coletadas e tratadas com sete concentrações de ambos inseticidas. A emergência do parasitóide não foi afetada pelo pimetrozine e variou de 59,9% a 75%, enquanto as múmias tratadas com tiametoxam produziram emergência de A. gossypii variando de 30,2% a 69,6%. Plantas infestadas por mosca-branca e tratadas com três concentrações recomendadas de ambos inseticidas foram coletadas três horas, três dias e seis dias após tratamento e colonizadas com larvas e adultos de D. pusillus. Os predadores liberados em folhas tratadas com tiametoxam apresentaram mortalidades de 70% a 100%, enquanto aqueles liberados em folhas tratadas com pimetrozine apresentaram mortalidade de 0% a 20%. Seis dias após tratamento tópico de larvas, pupas e adultos de D. pusillus com pimetrozine (i.a.) a 400, 600 e 800 mg/L, a população viva era acima de 69,6%, enquanto os tratados com tiametoxam (i.a.) a 25, 100 e 200 mg/L, apresentaram sobrevivência abaixo de 8,7%. O pimetrozine foi inócuo para A. gossypii e D. pusillus, e o tiametoxam mostrou toxicidade de baixa a moderada para múmias de A. gossypii e foi altamente tóxico a D. pusillus.

Palavras-chave


Gossypium; infestação; parasitóide; seletividade de inseticidas

Texto completo:

PDF


Embrapa Sede, Superintendência de Comunicação,
Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (final) Caixa Postal 040315 - Brasília, DF - Brasil - 70770-901
Fone: +55 (61) 3448-2461