Preservação de rizóbio por liofilização com trealose

Pedro Antonio Arraes Pereira, Ann Oliver, Fredrick Allen Bliss, Lois Crowe, John Crowe

Resumo


O objetivo deste estudo foi determinar se a trealose pode aumentar a viabilidade e o tempo de preservação de estirpes de Rhizobium tropici e Rhizobium etli após a liofilização, comparada com a proteção proporcionada pela combinação tradicional de sacarose e peptona. Duas estirpes de rizóbio para feijão foram preservadas liofilizadas com 100 mM de trealose e sobreviveram por pelo menos 12 dias, mesmo quando armazenadas sob condições não-ideais. A trealose proporcionou uma proteção superior à combinação de sacarose peptona. Quando agentes protetores foram introduzidos dentro da célula, a estirpe CFN 42 foi mais sensível em relação ao tipo de agente usado do que a estirpe CIAT 899, provavelmente porque a estirpe CIAT 899 produz b (1-2) glucano, que parece ter também um efeito protetor. b (1-2) glucano combinado com sacarose protege mais os lipossomas liofilizados de perdas do que a trealose. Entretanto, o b (1-2) glucano, isoladamente, não tem capacidade de proteção. Foi observado um alto nível de água descongelada associado com o glucano hidratado; além disso, o evento termal foi de, aproximadamente, 70ºC, o que correspondeu à transição gel-sol do glucano. Essas descobertas são importantes para o entendimento dos mecanismos com que o glucano contribui para a proteção de células e lipossomas liofilizados e para aumentar a sobrevivência do rizóbio nos inoculantes.

Palavras-chave


armazenamento; inoculação; simbiose; glucano

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