Respostas morfológicas e fisiológicas de Brachiaria spp. ao alagamento do solo

Moacyr Bernardino Dias Filho, Cláudio José Reis de Carvalho

Resumo


As respostas morfológicas e fisiológicas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, B. decumbens e B. humidicola foram comparadas em plantas cultivadas em vasos, sob solo alagado e bem drenado durante 14 dias. O alagamento reduziu a área foliar específica e a alocação de biomassa para as raízes em todas as três espécies e aumentou a senescência foliar em B. brizantha e B. decumbens. O alagamento reduziu a taxa de crescimento relativo em B. brizantha e B. decumbens, mas não em B. humidicola. A taxa de elongação foliar não foi afetada pelo alagamento em B. decumbens e B. humidicola, mas diminuiu em B. brizantha desde o primeiro dia de alagamento. A fotossíntese líquida e o conteúdo de clorofila foliar foram reduzidos pelo alagamento em B. brizantha; no entanto, nenhum efeito do alagamento pôde ser detectado nas outras espécies. Em todas as espécies, existiu uma estreita relação entre as taxas de fotossíntese líquida e a condutância estomatal. Esses resultados mostram que as espécies estudadas diferem quanto à tolerância ao alagamento. B. brizantha é intolerante, B. decumbens é moderadamente tolerante e B. humidicola é tolerante. Em virtude de a taxa de elongação foliar ter sido imediatamente afetada somente em B. brizantha, este parâmetro pode ser empregado como um mecanismo de detecção prematura da tolerância ao alagamento em Brachiaria spp.


Palavras-chave


Brachiaria brizantha; Brachiaria decumbens; Brachiaria humidicola; área foliar; clorofila; fotossíntese; biomassa; taxa de crescimento

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