Síntese de trans-resveratrol e controle de podridão em maçãs com uso de elicitores em pós‑colheita

Cláudia Kaehler Sautter, Lindolfo Storck, Mara Regina Rizzatti, Carlos Augusto Mallmann, Auri Brackmann

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de elicitores abióticos na biossíntese de resveratrol e na indução de resistência à podridão pós‑colheita de maçãs 'Gala' e 'Fuji'. Foram realizados os
tratamentos: radiação ultravioleta, fosfito e acibenzolar-S‑metil – aplicados antes do armazenamento – e ozônio – aplicado intermitente durante o armazenamento. As condições de armazenamento foram: 'Gala', 1,5 kPa de O2 e 2,5 kPa de CO2, a 0,5±0,1ºC, por oito meses, e 'Fuji', 1,0 kPa de O2 e <0,5 kPa de CO2, a ‑0,5±0,1ºC, por
sete meses. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com oito repetições de 25 frutos. Na casca dos frutos, determinou-se: trans-resveratrol, polifenóis totais, antocianinas totais e diâmetro de lesão, após inoculação de Penicillium sp. no ferimento. Analisou-se na polpa: firmeza de polpa, acidez titulável, sólidos solúveis totais, açúcares redutores e não‑redutores. Os elicitores não alteram a concentração de polifenóis totais e antocianinas, com exceção do acibenzolar-S‑metil que reduz o conteúdo de antocianinas na maçã 'Gala'. Os elicitores induzem, na 'Fuji’, mas não na maçã 'Gala', a síntese de trans-resveratrol na seqüência: acibenzolar-S‑metil> fosfito≥ irradiação UV‑C≥ ozônio. Na maçã 'Gala', o fosfito reduz a ocorrência de podridão, porém, em ambas as cultivares, não há correlação entre síntese de trans-resveratrol e controle de podridão.

Palavras-chave


Malus domestica; Penicillium; acibenzolar-S‑metil; fosfito; ozônio; UV‑C

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