Respostas fisiológicas de duas plantas invasoras tropicais ao sombreamento. I. Crescimento e alocação de biomassa

Moacyr Bernardini Dias Filho

Resumo


Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schultz (Convolvulaceae) e Stachytarpheta cayennensis (Rich) Vahl. (Verbenaceae), duas plantas invasoras encontradas em pastagens e áreas agrícolas da Amazônia brasileira, foram cultivadas durante 40 dias, em câmaras de crescimento sob alto (800-1000 µmol m-² s-¹, "sol") e baixo (200-350 µmol m-² s-¹, "sombra") regime de luz. Em ambas as espécies a razão de massa e de área foliar por unidade de massa total da planta, e a área foliar por unidade de massa foliar foram maiores na sombra, enquanto a proporção de biomassa alocada para as raízes foi maior nas plantas ao sol. Em S. cayennensis a alocação de biomassa para tecido reprodutivo foi maior nas plantas ao sol, sugerindo uma provável menor habilidade dessa espécie de se manter sob condições de sombreamento. A taxa de crescimento relativo (TCR) em I. asarifolia foi, inicialmente, maior nas plantas ao sol, e após 20 dias passou a decrescer, tornando-se semelhante entre tratamentos nas últimas duas avaliações (aos 30 e 40 dias). Em S. cayennensis, a TCR foi também maior em plantas ao sol, porém esta tendência não foi significativa na primeira e última avaliação (10 e 40 dias). Esses resultados são discutidos com relação às suas importâncias ecológica e de manejo.


Palavras-chave


alocação de biomassa; análise de crescimento; Amazônia; Ipomoea asarifolia; <i>Stachytarpheta cayennensis</i>

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