Regeneração de plantas de bananeira do grupo AAA a partir de calos cultivados durante longo período

Alexandre da Silva Conceição, Kazumitsu Matsumoto, Frederic Bakry, Regina Beratriz Bernd-Souza

Resumo


A bananeira é uma das plantas mais cultivadas no mundo. Porém, o melhoramento genético de bananeira tem sido um processo vagaroso, em virtude das baixas taxas de formação e germinação de sementes. São técnicas promissoras a seleção de variações somaclonais úteis e a transformação genética em células e calos, para acelerar o processo de melhoramento. Realizou-se a cultura de calos, com o objetivo de estabelecer um protocolo de regeneração de plantas, para ser usado no programa de melhoramento genético de bananeira. Discos de bainha foliar da banana cv. Nanicão (Musa sp., grupo AAA, subgrupo Cavendish) foram cultivados no meio básico de Murashige e Skoog (MS) suplementado com carvão ativado (0,2%), MES (ácido 2 [N-morfolino] etanesulfônico) (15,3 mM), arginina (300 mM), Picloram (414 mM) e 2ip (2-isopentenil adenina) (492 mM). Calos globulares surgidos nos tecidos foliares foram subcultivados no mesmo meio, e obteve-se uma aparência friável e translúcida após um ano e meio de cultura. Os calos friáveis foram transferidos para meio sem reguladores de crescimento e arginina, e suplementado com caseina hidrolisada (0,05%), onde formaram estruturas semelhantes a embriões após transferência à luz. A partir destas estruturas, foram obtidos brotos com raízes, dos quais se originaram plântulas. O protocolo da regeneração de plantas apresentado aqui poderá ser útil para o melhoramento genético de bananeira via variação somaclonal.


Palavras-chave


Musa; cultura de tecidos

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