Fornecimento prolongado de colostro e proteção passiva em bezerros recém-nascidos

Rosana Salles Baracat, Raul Machado Neto, Claudia Daniele, Rosana Bessi, Irineu Umberto Packer

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento imunológico de 32 bezerros recém-nascidos submetidos a diferentes programas de aleitamento. Animais com duas condições diferentes de imunidade passiva adquirida, alta e baixa, foram divididos em dois grupos: com e sem fornecimento prolongado de colostro. Os tratamentos foram os seguintes: T1 - alto/leite; T2 - baixo/leite; T3 - alto/colostro; T4 - baixo/colostro. O grupo alto apresentou concentração média de imunoglobulina G superior (p<0,0001) ao grupo baixo, respectivamente 33,46±7,0 mg/mL e 21,46±6,1 mg/mL. Entre os menores valores médios de imunoglobulina sérica (IgG) para os grupos alto (22,53±4,0 mg/mL) e baixo (15,19±4,7 mg/mL), a diferença foi significativa (p<0,0001), assim como suas idades de ocorrência (p<0,0604), registradas aos 50 dias para grupo alto e 40 dias para o grupo baixo. Com relação ao início de diarréia, a diferença foi significativa (p<0,03) entre T2 e T3, que apresentaram idades médias de 7,0 e 10,38 dias, respectivamente. O fornecimento de colostro por período prolongado, associado a níveis adequados de imunidade passiva, resultou em melhor proteção contra diarréia em comparação aos animais alimentados só com leite. Os resultados sugerem também uma taxa constante de catabolismo das imunoglobulinas adquiridas passivamente.

Palavras-chave


imunoglobulina; diarréia; bezerro

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