Decomposição da palhada e liberação de nitrogênio e fósforo numa rotação aveia-soja sob plantio direto

Celina Wisniewski, Guilherme Pimentel Holtz

Resumo


O objetivo do trabalho foi estudar a dinâmica da decomposição da palhada e da liberação de N e P durante o ciclo das culturas da aveia-preta (Avena strigosa) e da soja (Glycine max) em rotação, sob plantio direto. Monitorou-se, periodicamente, durante 370 dias, a perda de peso e teores de C, N e P da palhada de milho e de aveia-preta, numa rotação aveia-soja, em plantio direto, em um Latossolo Vermelho-Escuro, no Campo Demonstrativo e Experimental Batavo em Carambeí, PR. A palhada de milho decompôs-se mais lentamente, perdendo 49% de peso em 149 dias, devido à sua mais alta relação C/N (43:1), à distribuição mais heterogênea e à maior quantidade de resíduo inicial (9,8 contra 6,8 t.ha-1). A palhada de aveia-preta perdeu 71% de peso em 179 dias. Os teores médios de C e de N da palhada do milho foram 428 e 10 g.kg-1, respectivamente e 415 e 17 g.kg-1 na palhada da aveia-preta. Os teores de P decresceram, no período, de 1,2 para 0,9 g.kg-1 no milho e de 1,6 para 1,0 g.kg-1 na aveia-preta. Na palhada do milho estimou-se uma mineralização de 48% do C, 51% do N e 77% do P. Na palhada da aveia-preta 71% do C, 75% do N e 85% do P foram mineralizados. A relação carbono/fósforo média da palhada do milho foi superior (470:1) à da aveia-preta (319:1).

Palavras-chave


Avena strigosa; Zea mays; relação carbono/nitrogênio; relação carbono/fósforo; palhada de milho; palhada de aveia-preta; Latossolo Vermelho-Escuro

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