Resposta da soja à adubação e disponibilidade de potássio em Latossolo Roxo eutrófico

Clóvis Manuel Borkert, Gedi Jorge Sfredo, José Renato Bouças Farias, Fábio Tutida, Cláudio Luis Spoladori

Resumo


O cultivo intensivo de soja e trigo, com baixa ou nenhuma adubação de manutenção, esgota a disponibilidade de K no solo no decorrer dos anos, causando redução na produtividade dessas culturas. O objetivo deste trabalho foi estudar a resposta da soja à adubação com K, o efeito residual dessa adubação sobre o rendimento de grãos de soja e sobre os teores de K nas folhas e no solo. Nos anos agrícolas de 1983/84 a 1992/93, foi conduzido um experimento com soja, num Latosolo Roxo eutrófico(LRe). Nos primeiros cinco anos foram aplicadas as doses de zero, 40, 80, 120, 160 e 200 kg/ha/ano de K2O, no sulco de semeadura e a lanço. Após dez anos de experimentação, concluiu-se que os Latossolos Roxos, de alta fertilidade, mesmo os que apresentam alta disponibilidade de K, não podem ser cultivados por mais de dois anos com soja sem aplicação de K, pois isto limitaria a produtividade. A adubação de manutenção com apenas 80 kg/ha de K2O num período de cinco anos diminui as reservas do solo. Para manter produtividades de 3.000 a 3.500 kg/ha, a adubação deve ser de 120 kg/ha de K2O para a soja e de 160 kg/ha/ano de K2O para a sucessão soja-trigo. Somente a soja com teor de K nas folhas acima de 17,1 g/kg alcançou produtividade em torno de 3.000 kg/ha.

Palavras-chave


adubação potássica; Glycine max; efeito residual

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