Dispersão da variabilidade fenotípica do umbuzeiro no semi-árido brasileiro
Resumo
Foram caracterizadas 340 árvores nativas do umbuzeiro (Spondias tuberosa A. Câm.) em 17 regiões ecogeográficas, distribuídas em sete estados do polígono da seca. As áreas de amostragens foram definidas com base nos dados de extrativismo da espécie e no zoneamento agroecológico do Nordeste. Em cada ecorregião, foram avaliadas, ao acaso, 20 árvores quanto a 11 caracteres quantitativos. Os dados foram submetidos às seguintes análises: componentes principais, a partir da matriz de correlação e análise de agrupamento pelo método "nearest centroid sorting", adotando a distância euclidiana como medida de dissimilaridade, com os dados originais padronizados. As árvores foram agrupadas em 17 grupos, independentemente da região de origem, sugerindo que as diferenças edafoclimáticas e as distâncias geográficas não interferiram de forma marcante na evolução e na diferenciação do umbuzeiro. As ecorregiões de Tanquinho, Jeremoabo e Ipupiara, BA; Petrolina, PE; e Pio IX, PI, por apresentarem mais de 40% de indivíduos similares (dentro do grupo), são indicadas como regiões de dispersão e/ou especiação do umbuzeiro. Os caracteres peso do fruto, maior diâmetro da copa, diâmetro do fruto, peso da casca do fruto e altura da planta foram os de menor importância para discriminação das árvores avaliadas.
Palavras-chave
Spondias tuberosa; análise multivariada; prospecção genética
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