Características quantitativas da carcaça de novilhos Charolês, abatidos com diferentes pesos

Resumo

Para verificar a influência de três pesos ao abate sobre as características quantitativas da carcaça de animais Charolês, terminados em confinamento, utilizou-se 18 novilhos, com 30 meses de idade e peso médio inicial de 297 kg, distribuídos nos seguintes tratamentos: T420 peso de abate=420 kg; T460 peso de abate=460 kg; e T500 peso de abate=500 kg; o peso de abate efetivo foi de 421 kg, 461 kg e 495 kg, respectivamente. O rendimento de carcaça quente em função do peso de fazenda foi de 50,7% (T420), 52,7% (T460) e 52,4% (T500). A pior conformação foi observada nas carcaças dos novilhos do T420, e a área do músculo Longissimus dorsi, por 100 kg de carcaça, decresceu à medida que aumentou o peso de abate (31,6 cm²; 30,3 cm²; e 27,1 cm²). A espessura de gordura subcutânea das carcaças dos animais do T500 (5,4 mm) foi superior ao T420 (2,4 mm) e T460 (2,6 mm). À medida que aumentou o peso de abate dos novilhos, aumentou também a percentagem de gordura (15,5%; 16,5%; 19,4%) e diminuiu a percentagem de osso na carcaça (16,4%; 13,5%; e 13,3%). Os novilhos do T460 apresentaram maior percentagem de músculo na carcaça (71,5%) em relação aos novilhos do T420 (68,1%). Não houve diferença na percentagem de dianteiro nas carcaças dos três tratamentos, que foram: T420=36,7%; T460=36,2%; e T500=36,8%. A percentagem de corte serrote foi maior nos novilhos do T460 (50,4%) e T420 (50,1%) em relação aos animais do T500 (47,5%), mas esses tiveram maior percentagem de corte costilhar (15,7%) em relação aos T420 (13,2%) e T460 (13,4%). Não foram verificadas diferenças quanto a comprimento de carcaça e de perna, perímetro de braço e espessura de coxão entre os três tratamentos.