Dinâmica de populações de trapoeraba (Commelina benghalensis L.) sob manejos de solo e de herbicidas

Elemar Voll, Décio Karam, Dionísio L.P. Gazziero

Resumo


Um experimento foi instalado no campo em um Latossolo Roxo distrófico, em Londrina, PR, no período de 1989-94. Os objetivos foram determinar: a) as taxas de redução do banco de sementes de trapoeraba (Commelina benghalensis L.); b) a distribuição das sementes de trapoeraba no perfil do solo e sua evolução; c) o período de sobrevivência da trapoeraba; d) as taxas de emergência de um banco de sementes de trapoeraba em pré e pós-semeadura da soja. Foram estudados quatro manejos de solo, e dois de herbicidas, na cultura da soja, seguida de trigo. Foi usado um delineamento em blocos casualizados, com parcelas divididas e quatro repetições. Taxas anuais de redução do banco de sementes nos manejos de solo aiveca (9,9%), convencional (10,3%), escarificação e grade rome (13,8%) e semeadura direta (18,7%), foram observadas com os herbicidas usados em pós-emergência; sem controle, na presença de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea (Link) Hitch.), as taxas foram de 23,1%, 19,3%, 23,0% e 28,6%, respectivamente. Os períodos de sobrevivência estimados variaram entre 22,5 e 42,6 anos, com aplicação de herbicida e entre 13,6 e 21,3 anos, sem herbicida. As taxas de emergência não foram significativas em pré-semeadura da soja; em pós-semeadura, variaram com o ano, entre 0,8% e 3,7%, apresentando emergência tardia. Após aplicações corretivas de calcário dolomítico ao solo, antecedendo a cultura do trigo, ocorreram maiores taxas de emergência da espécie.


Palavras-chave


semeadura direta; controle de plantas daninhas; sobrevivência de plantas; emergência de plantas

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