Efeito da temperatura na dissipação de [14C]-atrazina em solo Brasileiro

Mara Mercedes de Andréa, Marcus Barifouse Matallo, Rúbia Yuri Tomita, Luiz Carlos Luchini

Resumo


A dissipação do herbicida 14C-atrazina do solo foi estudada por extrações com solventes, cromatografia em camada delgada e técnicas radiométricas. Os resultados apresentados mostram que ela foi diretamente proporcional aos aumentos de temperatura. Quanto maior a temperatura, menos resíduos extraíveis e mais resíduos ligados foram detectados. Ao final dos períodos de incubação, os extratos de solo mantidos a 10ºC e a 20ºC continham atrazina mas também seu derivado hidroxi, e a 30ºC e 40ºC, mais hidroxiatrazina do que atrazina. A energia de ativação de Arrhenius calculada foi muito alta (96 kJ. mol-1), provando a predominância de reações químicas que favoreceram a hidrólise. Análises exploratórias dos resíduos ligados ao solo detectaram mais de 90% como hidroxiatrazina, em todas as amostras de diferentes temperaturas. Os resultados sugerem que em solo com as características do aqui estudado e a temperaturas maiores que 20ºC, a atrazina não seria um contaminante livre porque a degradação química resultaria somente no metabólito não fitotóxico hidroxiatrazina, ou como resíduo disponível ou como resíduo ligado.


Palavras-chave


dissipação; degradação química; resíduos; contaminação do solo

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