Crescimento radicular de espécies florestais em solo ácido

Fabiano Ribeiro do Vale, Antonio Eduardo Furtini Neto, Nilton Braga Renó, Luiz Arnaldo Fernandes, Álvaro Vilela Resende

Resumo


Sementes pré-germinadas de 15 espécies florestais, bem como sementes de algodão e de milho, foram plantadas em vasos de 500 ml contendo solo (Latossolo Vermelho Escuro) superficial fertilizado. Após as raízes atingirem a parte inferior do solo, avaliou-se sua taxa de crescimento em outro vaso com subsolo corrigido para avaliar os fatores limitantes de solo ácido pelos seguintes tratamentos: (i) Testemunha, (ii) Ca(OH)2 para elevar o pH do solo a 6,0, (iii) MgO para elevar o pH do solo a 6,0, e (iv) CaCl2 para elevar o Ca a 1,0 cmolckg-1 solo. A fim de se avaliar possíveis mecanismos de tolerância a Al, foram determinados a capacidade de troca de cátions (CTC) da raiz e, em estudo paralelo, a mudança de pH induzida pelas plantas, além da absorção de amônio e nitrato em solução nutritiva. Observou-se comportamento muito distinto entre as espécies em sua capacidade de desenvolver raízes no subsolo ácido, na tolerância à toxidez de alumínio e à baixa disponibilidade de cálcio. A tolerância ao alumínio não foi correlacionada com a CTC da raiz e nem com mudanças de pH. Eucalyptus grandis e Acacia mangium foram tolerantes a fatores limitantes de solo ácido e mostraram capacidade surpreendente em diminuir o pH da solução, mesmo expostos a muito mais nitrato do que a amônio.


Palavras-chave


algodoeiro; milho; Eucalyptus grandis; Acacia mangium; tolerância ao alumínio; soluções nutritivas

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