Diferenças genéticas na acumulação de elementos minerais na semente de soja tropical Glycine max (L.) Merrill

Carlos Roberto Spehar

Resumo


A soja é importante componente dos sistemas de produção nos cerrados brasileiros, cujos solos são ácidos e desprovidos de nutrientes. Após calagem e fertilização, as camadas inferiores ainda contêm alumínio, permanecem escassas em nutrientes e limitam o crescimento radicular, o que causa desbalanceamento nutricional e estresse hídrico. As sementes podem ter alterada a sua composição química, com impacto negativo ao consumo humano e animal. Objetivou-se identificar a genética da acumulação de elementos químicos nas sementes de soja, pela análise de um cruzamento dialelo entre nove variedades, repetido em dois ambientes: alto-Al e baixo-Al. A relação entre covariância (Wr) e variância (Vr) mostrou que as diferenças referentes a Ca, Mg, Al e Mn são explicadas pelo modelo aditivo-dominância. Nos elementos, P, K, Fe, Zn, Cu, Mo, Na e Ti, os efeitos genéticos mostraram-se mais complexos. O nível dos elementos foi afetado pela presença do alumínio e pH, sem, contudo, comprometer a qualidade da semente. Sugerem-se estudos adicionais para elucidar a genética da acumulação de elementos químicos na semente de soja.

Palavras-chave


solos ácidos; alumínio; toxidez; nutriente; variedade; cruzamento dialélico

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