Dependência micorrízica de mangabeira em doses crescentes de fósforo

Júlio Alves Cardoso Filho, Eurico Eduardo Pinto de Lemos, Tania Marta Carvalho dos Santos, Luis Carlos Caetano, Marco Antonio Nogueira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a dependência micorrízica de mudas de mangaba (Hancornia speciosa), em doses crescentes de fósforo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 4´5 com três inóculos de fungos micorrízicos – Gigaspora margarita, Glomus etunicatum, ou uma mistura de espécies de fungos micorrízicos nativos (Acaulospora longula, Glomus clarum, Gigaspora albida e Paraglomus sp.) –, e um controle não micorrízico, combinados a cinco doses de fósforo no substrato: 0, 25, 50, 75 e 100 mg kg-1. Após 180 dias, as mudas com inoculação dos fungos micorrízicos nativos produziram mais biomassa seca de parte aérea e raízes e apresentaram maior concentração e acúmulo de fósforo na parte aérea. O controle sem inóculo apresentou os menores valores, independentemente da dose de fósforo. A maior dependência micorrízica relativa ocorreu com a inoculação de fungos micorrízicos nativos. Plantas com inoculação micorrízica não responderam à adição de fósforo, em doses acima de 50 mg kg-1. A mangabeira é altamente dependente de micorrizas, mas o grau de dependência varia de acordo com os níveis de fósforo e com os inóculos fúngicos. Em geral, a mangabeira é mais responsiva à inoculação com fungos micorrízicos do que à adição de fósforo.

Palavras-chave


Gigaspora margarita; Glomus etunicatum; Hancornia speciosa; biofertilizantes; fungos micorrízicos nativos; nutrição fosfatada

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