Comportamento de porta-enxertos de videira em relação a níveis de saturação de alumínio no solo

José Carlos Fráguas, Ana Lúcia Tersariol

Resumo


Objetivando estabelecer uma tolerância diferenciada entre porta-enxertos de videira ao alumínio trocável do solo, desenvolveu-se um experimento em casa de vegetação com amostras de Cambissolo Húmico (unidade de mapeamento Farroupilha), através de níveis de saturação de alumínio. Foram testados os porta-enxertos R-99, 196-17 C1, Kober 5 BB, Rupestris du Lot e a cultivar Isabel (Vitis labrusca L.), em níveis de saturação de alumínio de 0,0%, 8,18%, 14,01%, 22,18%, 47,28% e 67,54%. As variáveis avaliadas foram: altura de planta, comprimento de raízes, peso de folhas, caules e raízes secas e concentração de fósforo, potássio, cálcio e magnésio nas folhas e raízes. A saturação de alumínio até 14,01% em nada interferiu na maioria das variáveis avaliadas. Em relação ao comprimento de raízes, a cultivar Isabel teve um aumento mesmo em níveis altos de saturação de alumínio, enquanto que o Rupestris du Lot e o 196-17 Cl tiveram as maiores reduções. Quanto ao acúmulo de fósforo na parte aérea, a Isabel e o 196-17 Cl mostraram-se mais eficientes e o R-99 o menos eficiente. O Kober 5 BB mostrou um comportamento mais regular com relação a esta variável. O potássio foi o que menos interferência sofreu com a presença do alumínio, tendo aumentado na parte aérea. O magnésio foi o de maior redução na parte aérea, enquanto que o cálcio foi o de menor acúmulo nas raízes. Numa avaliação geral obteve-se a seguinte tolerância diferenciada: R-99 = Isabel > Kober 5 BB > Rupestris du Lot > 196-17 Cl.


Palavras-chave


<i>Vitis</i> spp.; absorção; nutrição; tolerância

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