Alta diversidade de raças fisiológicas de Magnaporthe oryzae em áreas de arroz irrigado em Tocantins, Brasil

Justino José Dias Neto, Gil Rodrigues dos Santos, Liamar Maria dos Anjos, Paulo Hideo Nakano Rangel, Márcio Elias Ferreira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade de patótipos de Magnaporthe oryzae em novas áreas comerciais de arroz irrigado instaladas no Vale do Rio Araguaia, Estado do Tocantins, Brasil. A produção de arroz nessa região vem sendo significativamente afetada pelo agente causal da brusone do arroz. Apesar dos esforços de programas de melhoramento genético, a ocorrência de quebra de resistência tem sido registrada logo após o lançamento de novas cultivares desenvolvidas para a região. Entre as causas de quebra de resistência está incluída a capacidade do fungo de desenvolver novos patótipos rapidamente. Uma amostra de 479 isolados monospóricos de M. oryzae foi obtida e testada no conjunto internacional de cultivares diferenciadoras de raças de brusone. As coletas de isolados foram feitas em pequenos viveiros usados como armadilhas de brusone e em locais ao acaso de campos vizinhos. A análise de 250 isolados de M. oryzae obtidos em três viveiros armadilha detectou a presença de 45 raças internacionais pertencentes a sete grupos de patótipos (IA-IG). Nos isolados testados, 61 patótipos de M. oryzae pertencentes a todos os grupos exceto o grupo IH foram detectados. As novas áreas de arroz irrigado do Vale do Rio Araguaia apresentam a maior diversidade de patótipos de M. oryzae descrita até o momento no Brasil.


Palavras-chave


Pyricularia; patogenicidade; patótipo; raça

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