Discriminação espectral de latossolos do Planalto Central brasileiro

Eric Stoner, Ina Derksen, Jamil Macedo

Resumo


Imagens orbitais facilitam o mapeamento de solos na medida que feições nas imagens são relacionadas com solos na paisagem. Isto tem sido amplamente comprovado na discriminação de unidades geomorfológicas em imagens Landsat e SPOT. Porém, mapeamento detalhado, exige discriminação de unidades de solos numa escala onde feições topográficas não bastam para separação de classes, sendo necessário um conhecimento maior das características espectrais do solo. A capacidade de distinguir classes de solos com dados espectrais se relaciona com o comportamento espectral inerente dos componentes do solo. A discrimi­nação espectral de solos é especialmente apropriada no Brasil onde a cor do solo é usada na definição de classes, notadamente como propriedade covariante com o tipo e conteúdo de óxidos de ferro. Isto pode ser atingido por meio da caracterização de sua reflectância, agre­gando informações além dos comprimentos de onda da percepção humana de cor. Este traba­lho investigou o potencial para discriminação espectral de uma cromoseqüência de latossolos do Planalto Central usando um radiômetro de campo sensível na faixa de comprimento de onda refletido de 380-875 nm. A comparação de pares espectrais de solos revela os comprimentos de onda de máxima discriminação espectral que, no caso dos dois latossolos estuda­dos, corresponde à região de 450-520 nm (azul) de opacidade do Latossolo Vermelho-Escu­ro, rico em hematita em contraste com o Latossolo Vermelho-Amarelo, rico em goetita.


Palavras-chave


óxidos de ferro; reflectância do solo; sensoriamento remoto

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