Ocorrência, aspectos bacteriológicos e histopatológicos na colibacilose de bezerros

Resumo

A colibacilose foi registrada em 31 animais (5,70%), de 19 propriedades, dentre 543 bezerros necropsiados, que mostravam diarréia, febre, anorexia, distúrbios respiratórios, prostração e caquexia; em três foram observados fenômenos nervosos caracterizados respectivamente por ataxia, paresia e cegueira. A enfermidade surgiu, com exceção de um caso, no primeiro mês de vida. As cepas de Escherichia coli isoladas foram identificadas pelo sistema API 20E. A classificação sorológica de 13 cepas oriundas de bezerros de 8 diferentes criações evidenciou os sorotipos 078:K80, 0141:K99, 0119, 08:K99, 07, 021, 09 e 0128. A histopatologia mostrou a ocorrência de alterações inflamatórias do parênquima pulmonar e do cordão umbilical, ao lado de microabscessos esplênicos, renais e hepáticos e de trombos bacterianos nos rins, no baço e no fígado, comprovando-se ainda bactérias na luz de tubos uriníferos. O conjunto de lesões observadas permitiu a classificação de praticamente todas as formas estudadas nas chamadas colibaciloses septicêmicas, também denominadas colissepticemias.