Controle artificial de polinização em algodoeiro

Júlio César Viglioni Penna, Antonio Rodrigues de Miranda, Elton Oliveira dos Santos

Resumo


O trabalho visou à comparação de métodos práticos de autofecundar flores do algodoeiro (Gossypium hirsutwn L.) para fins de manutenção de coleções de germoplasmas e trabalhos de melhoramento genético. Os tratamentos estudados foram: amarrio do botão floral com fio de cobre, fibra vegetal, barbante de algodão; cobertura com saco de pano e de papel; aplicação de cola no ápice do botão, e testemunha de polinização livre. O caráter marcador foi a ausência de glândulas de pigmento nas sementes. Os ensaios foram instalados em Uberaba, MG, em 1984/85, 1985/86 e 1986/87. A média de cruzamentos naturais após a autofecundação foi de 5%, o que representou redução de 80% na taxa de polinização livre. Não houve diferenças significativas entre taxas encontradas após a aplicação dos tratamentos. Todos eles, exceto o amarrio com fio de cobre, reduziram o número de sementes por loja de fruto. Quase todas as características agronômicas e da fibra foram influenciadas pêlos métodos testados. Recomenda-se o fio de cobre para o amarrio de botões florais, o qual proporcionou 3,8% de alogamia sem redução do número de sementes por loja.


Palavras-chave


<i>Gossypium hirsutum</i>; polinização cruzada; autofecundação

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