Ciclos sucessivos de secagem e umedecimento do solo melhoram a tolerância à seca em mangabeira

Adriana Miguel Fernando, Ricardo Antonio Marenco

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o acúmulo de biomassa e a fotossíntese em mangabeira, em resposta ao deficit hídrico e a ciclos sucessivos de secagem e umedecimento do solo. Mudas foram cultivadas em vasos e submetidas aos três seguintes regimes hídricos: solo a 35, 70 e 100% da capacidade de campo (CC), seguidos de um período de secagem até que a fotossíntese (medida semanalmente) se aproximasse de zero. Em seguida, as mudas foram irrigadas novamente até completar quatro ciclos de secagem-umedecimento. O tratamento-controle foi um solo permanentemente bem irrigado. Houve um declínio no acúmulo de biomassa em condições de deficit hídrico. A fotossíntese respondeu à reirrigação do solo apenas a 70 e 100% da CC e foi nula a 35% da CC. O tempo decorrido para a fotossíntese atingir um valor nulo após irrigação aumenta com os sucessivos ciclos de secagem-umedecimento. Em solo a 100% da CC, para que a fotossíntese se aproxime de zero, são necessárias cinco semanas no primeiro e oito semanas no último ciclo de irrigação. A fotossíntese melhora com ciclos sucessivos de secagem‑umedecimento, particularmente em solo a 100% de CC. A pré‑climatização da mangabeira aos ciclos de secagem‑umedecimento deve ser considerada antes do transplante das mudas no campo, e a pré‑climatização deve ser realizada inicialmente com o solo em sua CC.

Palavras-chave


Hancornia speciosa; fotossíntese; condutância estomática; deficit hídrico

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