Presença da translocação 2NVS e herança da resistência à brusone em trigo

Camila Vancini, Gisele Abigail Montan Torres, Luciano Consoli, João Leodato Nunes Maciel, Ricardo Lima de Castro, Natália Forchezato Webber, Diógenes Cecchin Silveira, Carolina Cardoso Deuner

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da presença da translocação 2NVS sobre a herança da resistência de trigo à brusone, em linhagens segregantes F2 de dois cruzamentos biparentais. Os genótipos IPF 86766 e 'Santa Fe' foram usados como genitores femininos (ambos portadores da 2NVS), e 'BRS 404', como genitor masculino comum (não portador da 2NVS). A partir da mistura de três isolados de Pyricularia oryzae Triticum, espigas e ráquis de trigo foram avaliadas quanto à severidade de branqueamento aos cinco (%BS_5dpi) e aos 7 dias após inoculação (%BS_7dpi), bem como quanto ao número de pontos de infecção (IPR) e à esporulação do patógeno (SPO). Análises de qui-quadrado mostraram que a segregação segue a hipótese mendeliana 3:1, com um loco de efeito maior, com alelo dominante: %BS_7dpi para IPF 86766 x 'BRS 404' e IPR para 'Santa Fe' x 'BRS 404'. Portanto, este é o primeiro estudo conhecido a mostrar que a translocação 2NVS responsável pela resistência à brusone de trigo é um loco principal com um alelo dominante. Em condições controladas de ambiente, 'BRS 404' apresenta severidade de branqueamento e SPO similares às que ocorrem em IPF 86766 e 'Santa Fe'.

Palavras-chave


Magnaporthe oryzae; Triticum aestivum; resistência genética; cultivo de sequeiro; brusone

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