Efeito materno na tolerância à termoinibição em sementes de alface

Pedro Yuri Cavasin, Luiz Antônio Augusto Gomes, Wilson Vicente Souza Pereira, Heloisa Oliveira dos Santos

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência do efeito materno na tolerância à termoinibição em sementes de alface (Lactuca sativa), bem como encontrar um marcador enzimático para esta característica em mudas de alface. Foram utilizadas sementes da cultivar termotolerante Everglades, da cultivar suscetível Verônica e de seus híbridos recíprocos. Para cada cultivar e híbrido recíproco, foram conduzidos testes de germinação e vigor (índice de velocidade de germinação) a 20 e 32°C. A termotolerância foi definida pela capacidade de germinação a 32°C. Para encontrar marcadores que pudessem ser associados com a termotolerância, foram realizados testes enzimáticos. As bandas eletroforéticas dos extratos enzimáticos foram quantificadas por meio do programa ImageJ. Os híbridos apresentaram comportamento semelhante ao dos seus genitores femininos. Quando a cultivar Verônica foi o genitor feminino, as sementes dos híbridos não germinaram sob alta temperatura e apresentaram menor expressão da enzima esterase. Porém, quando a cultivar Everglades foi o genitor feminino, os híbridos apresentaram alta germinação sob temperatura elevada e maior expressão da esterase. Portanto, há efeito materno na tolerância à termoinibição em sementes de alface, e a enzima esterase apresenta potencial como marcador para identificar progênies homozigotas para essa característica.

Palavras-chave


Lactuca sativa; esterase; dormência de sementes; temperatura

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