Estratégias de manejo químico e cultural de capim-amargoso resistente ao glifosato no Brasil Central

Núbia Maria Correia

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes tratamentos químicos, com a associação de combinações de herbicidas à manutenção de espécies forrageiras no período de entressafra, para o manejo de capim‑amargoso (Digitaria insularis) resistente ao glifosato em cultura de soja. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em arranjo de parcela subdividida 4×5, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de: quatro combinações dos herbicidas cletodim, glifosato, haloxifop-p-metil, glufosinato de amônio e s-metolacloro nas parcelas; de coberturas verdes com as cultivares de Panicum maximum Massai, BRS Tamani e BRS Zuri e com Urochloa ruziziensis, além de pousio, nas subparcelas; e controle com a aplicação isolada de glifosato na dessecação e na pós-emergência da cultura de soja infestada com capim-amargoso e capinada. Os herbicidas testados antes da semeadura e na pós-emergência da soja promoveram um controle acima de 90% de plantas adultas de capim-amargoso até a colheita dos grãos. Após a colheita, houve nova emergência de capim-amargoso, principalmente nas parcelas sem cobertura verde na entressafra. A sobressemeadura da soja com espécies forrageiras permitiu o estabelecimento dessas plantas, que, consequentemente, interferiram na emergência e no crescimento do capim-amargoso. Os tratamentos químicos com combinações de herbicidas associados à manutenção de espécies forrageiras no período da entressafra são eficazes para o controle de plantas adultas de capim-amargoso resistente ao glifosato.

Palavras-chave


Digitaria insularis; Panicum maximum; Urochloa ruziziensis; controle químico; sobressemeadura

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