Sobrevivência de larvas de Haemonchus contortus em espécies de forrageiras na Amazônia Oriental

Claudina Rita de Souza Pires, Gustavo Goés Cavalcante, Roberto Sanchez Prado, Lívio Martins Costa Júnior, Gabriela Riet Correa Rivero

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento e a sobrevivência de larvas de terceiro estágio (L3) de Haemonchus contortus em forrageiras na Amazônia Oriental. Foram utilizados quatro canteiros compostos por Megathyrsus maximus 'Massai', M. maximus 'Mombaça', Urochloa brizantha 'Marandu' e Urochloa humidicola, os quais foram divididos em 13 parcelas cada um. Fezes de ovinos com cerca de 10.000 ovos de H. contortus foram depositadas em cada parcela. Amostras de capim, fezes e solo foram coletadas no no sétimo, no décimo quinto e no trigésimo dia pós-contaminação (DPC) e, sequencialmente, a cada 30 dias até o trecentésimo trigésimo DPC. Foram determinados os seguintes dados das gramíneas: microclimáticos, como temperatura, umidade relativa do ar, umidade do solo e luminosidade do capim, e macroclimáticos, como pluviosidade, temperatura, umidade relativa do ar e radiação solar. As larvas do terceiro estágio foram recuperadas em todas as amostras de gramíneas e solo, em todas as parcelas, do sétimo ao trecentésimo trigésimo DPC. Os parâmetros microclimáticos mostram correlações entre a recuperação de L3 na grama e no solo, e os parâmetros macroclimáticos, entre a recuperação de L3 nas fezes e na grama. Urochloa humidicola e M. maximus 'Massai' favorecem o desenvolvimento e a sobrevivência de L3 de H. contortus, enquanto U. brizantha 'Marandu' e M. maximus 'Mombaça' apresentam menor biodisponibilidade dessas larvas.


Palavras-chave


Brachiaria; Megathyrsus maximus; Panicum; Urochloa brizantha; Urochloa humidicola; haemonchosis

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