Tempos de descanso pré-abate no escore de temperamento e na qualidade da carne de bovinos de corte

Sandra Vieira de Moura, Isabella Dias Barbosa Silveira, Otoniel Geter Lauz Ferreira, Fábio Souza Mendonça, Sheilla Madruga Moreira, João Restle, Javier Alexandre Bethancourt Garcia, Ricardo Zambarda Vaz

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes tempos de descanso pré-abate no temperamento, nos indicadores fisiológicos de estresse e na qualidade da carne de bovinos de corte. Trinta e dois novilhos mestiços Aberdeen Angus x Nelore castrados foram distribuídos em quatro tempos de descanso pré-abate: 12, 18, 24 e 48 horas. Foram avaliados as seguintes variáveis: níveis séricos dos indicadores fisiológicos de estresse glicose e cortisol (na chegada dos animais ao matadouro, após o período de descanso e no sangramento), temperamento animal (movimentação, resistência à aproximação e agressividade) e qualidade da carne (valor final para pH, capacidade de retenção de água, parâmetros de coloração e maciez). Com um maior período de descanso pré-abate, a pontuação de temperamento foi mais alta, o que indica que os animais estavam mais agitados e resistentes à aproximação de humanos. Os níveis séricos de cortisol e glicose correlacionam-se positivamente com o temperamento animal e negativamente com a qualidade da carne. No sangramento, observou-se aumento nos níveis de glicose e de cortisol, respectivamente, no tempo de descanso de mais de 24 horas e no de 12 horas. O tempo de descanso de 48 horas reduz a maciez da carne e sua capacidade de retenção de água.


Palavras-chave


bem-estar animal; cortisol; maciez da carne; estresse

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