Bagaço de cana-de-açúcar como único volumoso para vacas mestiças lactantes em regiões semiáridas
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes níveis de bagaço de cana-de-açúcar, como volumoso exclusivo, sobre consumo e digestibilidade de nutrientes, comportamento ingestivo, síntese de proteína microbiana e desempenho leiteiro de vacas mestiças. Dez vacas da raça Girolando (600±34,3 kg de peso corporal) foram distribuídas em delineamento de quadrado latino duplo 5×5. A dieta controle, baseada em palma forrageira, bagaço de cana-de-açúcar e concentrado, foi formulada para atender a média de produção de 20 kg de leite por dia, com 3,5% de gordura. Foram avaliados os seguintes níveis de bagaço de cana-de-açúcar: 30, 38, 46 e 54% da matéria seca. O consumo e a digestibilidade de matéria seca diminuíram linearmente com os níveis de bagaço. O tempo de ruminação foi maior para vacas alimentadas com 54% de bagaço. Os níveis de inclusão não tiveram efeito sobre o conteúdo de ácidos graxos não esterificados ou sobre a síntese de proteína microbiana, mas as concentrações de β-hidroxibutirato apresentaram comportamento quadrático com os níveis de bagaço. Maiores produções de leite corrigido a 3,5% de gordura foram obtidas com vacas alimentadas com 30% de bagaço. A inclusão do bagaço de cana-de-açúcar na dieta de vacas mestiças reduz seu desempenho; contudo, o bagaço pode ser utilizado como volumoso exclusivo quando associado a 70% de concentrado.
Palavras-chave
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