Piramidação de locos de resistência ao míldio-da-videira assistida por marcadores

Luciano Saifert, Fernando David Sánchez-Mora, Wilson Taybar Assumpção, Jean Alberto Zanghelini, Renan Giacometti, Eduardo Irineu Novak, Lirio Luiz Dal Vesco, Rubens Onofre Nodari, Rudolf Eibach, Leocir José Welter

Resumo


O objetivo deste trabalho foi o emprego da seleção assistida por marcadores moleculares para piramidação dos locos de resistência Rpv1 e Rpv3.1, em videira (Vitis vinifera), e avaliar o nível de resistência conferido por eles contra isolados brasileiros de míldio (Plasmopara viticola). Uma progênie de 23 plantas, com segregação para os dois locos de resistência, foi obtida do cruzamento entre os genótipos Gf2000-305-122 e Gf.Ga-52-42. A progênie foi genotipada com quatro marcadores microssatélites e fenotipada, quanto à resistência a P. viticola, em discos foliares. A análise molecular identificou seis plantas com os locos Rpv1 e Rpv3.1 piramidados. Plantas com os locos Rpv1 + Rpv3.1, Rpv3.1 e Rpv1 apresentaram 12,8, 30,0 e 33,1 esporangióforos por disco foliar, respectivamente. As plantas sem locos de resistência tiveram esporulação densa. A análise fenotípica da expressão dos dois locos piramidados foi confirmada somente para quatro plantas que mostraram o maior nível de resistência, isto é, média de 1.8 esporangióforos. Desenvolveu-se uma metodologia de alto rendimento para a piramidação dos locos Rpv1 e Rpv3.1, que confirmou o aumento da resistência a P. viticola. O material genético superior selecionado apresenta alta resistência ao míldio e elevado potencial enológico para o melhoramento da videira no Brasil.

Palavras-chave


Plasmopara viticola; Vitis vinifera; qualidade enológica; resistência genética a doenças; melhoramento genético de videira; locos de características quantitativas

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