Função ovariana de novilhas Nelore alimentadas com dieta suplementada com gordura protegida ruminal

Monique Mendes Guardieiro, Michele Ricieri Bastos, Gerson Barreto Mourão, Luiz Henrique Dantas Carrijo, Eduardo de Oliveira Melo, Rodolfo Rumpf, Roberto Sartori

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação alimentar com gordura protegida ruminal sobre as estruturas ovarianas e sobre a concentração sérica de progesterona, em novilhas Nelore mantidas em pasto. Quarenta novilhas foram divididas em dois grupos: um suplementado com gordura protegida Megalac-E (G); e outro sem suplementação de gordura (C). O grupos foram avaliados em delineamento "crossover". Utilizaram-se dietas isoenergéticas e isoproteicas. Após 15 dias de suplementação, os animais foram submetidos a um protocolo hormonal, para avaliação da influência da suplementação com gordura no metabolismo da progesterona. Para isto, em um dia aleatório do ciclo (D0), inseriu-se um implante intravaginal de liberação de progesterona (CIDR), e aplicou-se prostaglandina F2á (PGF2á, i.m.). No D7, o implante foi retirado, e outra aplicação de PGF2á foi realizada. No D18, foi feita uma nova aplicação de PGF2á e, então, foram observados diariamente os exames ultrassonográficos ovarianos e a ocorrência de estro. Para o ensaio com progesterona, colheu-se sangue 4 dias após a inserção do implante e, novamente, 7 e 14 dias após a ovulação. A concentração de progesterona sérica no D4 foi maior no grupo G. Não houve diferença nas concentrações séricas de progesterona 7 e 14 dias após a ovulação, nem no diâmetro do folículo ovulatório, nem no volume luteal. A suplementação com Megalac-E altera o metabolismo de progesterona, mas não altera a função ovariana em novilhas zebuínas em pasto.

Palavras-chave


Bos indicus; ácidos graxos; corpo lúteo; folículo; progesterona

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