Desenvolvimento de ic-Elisa para o rastreio da contaminação por aflatoxinas na cadeia de produção de amendoim

André Ribeiro da Silva, Lívia Montanheiro Médice Zanin, Angélica Tieme Ishikawa, Cassia Reika Takabayashi Yamashita, Felipe Pedote Fracalossi, Thaís Marques Amorim, Eiko Nakagawa Itano, Osamu Kawamaura, Elisa Yoko Hirooka

Resumo


O objetivo deste trabalho foi padronizar e validar um imunoensaio enzimático indireto competitivo (ic-Elisa), como ferramenta de baixo custo, para monitorar a presença de aflatoxina em amendoim comum (Arachis hypogaea) e “branqueado”, na cadeia de produção. A presença de aflatoxina B1, o teor de umidade e a atividade de água foram analisados em 60 amostras da cultivar de amendoim Runner IAC 886, das safras 2014/2015 e 2015/2016 da região da Alta Paulista, no Estado de São Paulo. A validação apresentou linearidade adequada (R2 = 0,999) e limite de detecção e quantificação de 1,13 e 3,59 µg kg-1, respectivamente. Taxas de recuperação de 104, 102 e 107% para as concentrações de 4, 10 e 20 µg kg-1 de aflatoxina B1, respectivamente, também foram registradas. O ic-Elisa mostrou boa repetibilidade, com alta precisão intradia com 1,87% de coeficiente de variação (CV), e de precisão interdia com 6,75% de CV. O teor de umidade variou de 4,0 a 7,2% (média de 5,8 %), e a atividade de água, de 0,4848 a 0,6997 (média de 0,5990), para as amostras testadas. A aflatoxina B1 esteve presente em concentrações que variaram entre 1,13 e 29,2 µg kg-1, com apenas duas amostras (3,3%) que excederam o limite máximo permitido de 20 µg kg-1. O ic-Elisa desenvolvido aqui é uma ferramenta acessível para o monitoramento rápido da contaminação por aflatoxinas na cadeia produtiva de amendoim.


Palavras-chave


Aspergillus; aflatoxina B1; amendoim “branqueado”; contaminação; micotoxina

Texto completo:

PDF (English)


Embrapa Sede, Superintendência de Comunicação,
Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (final) Caixa Postal 040315 - Brasília, DF - Brasil - 70770-901
Fone: +55 (61) 3448-2461