Natação sustentada atenua o estresse em juvenis de Brycon amazonicus criados em alta densidade de estocagem

Gustavo Alberto Arbeláez-Rojas, Gilberto Moraes, Cleujosí da Silva Nunes, Fernando Fabrizzi

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da densidade de estocagem associada ao exercício de natação nas respostas ao estresse de matrinxã (Brycon amazonicus). Durante 70 dias, os peixes foram submetidos a três densidades de estocagem: BD, baixa densidade de 88 peixes por metro cúbico; DI, densidade intermediária de 176 peixes por metro cúbico; e AD, alta densidade de 353 peixes por metro cúbico. Estas densidades foram combinadas com água parada (grupo não exercitado) ou com água em velocidade moderada (grupo exercitado). O estresse crônico foi observado em AD, e o cortisol e a glicose plasmática aumentaram com a densidade de estocagem. Em AD, os níveis plasmáticos de cortisol foram significativamente menores nos peixes exercitados (135 ng mL-1) do que nos não exercitados (153 ng mL-1). Os maiores acúmulos de glicogênio hepático ocorreram em peixes mantidos em DI e em natação sustentada. Os aminoácidos livres (AAL) hepáticos aumentaram com a densidade de estocagem, particularmente nos peixes não exercitados. As reservas de AAL hepáticos e de ácidos graxos livres hepáticos e musculares foram mobilizados para atender às demandas metabólicas impostas pelo exercício e pela densidade de estocagem. Os parâmetros hematológicos mantiveram-se estáveis. Os resultados são indicativos de que o matrinxã é mais resistente ao estresse quando submetido à natação sustentada e à alta densidade de estocagem que à água parada.

Palavras-chave


bem-estar animal; piscicultura intensiva; respostas metabólicas; exercício físico

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