Práticas culturais na entressafra da soja para o controle de Pratylenchus brachyurus

Henrique Debiasi, Julio Cezar Franchini, Waldir Pereira Dias, Edison Ulisses Ramos Junior, Alvadi Antonio Balbinot Junior

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de práticas culturais, adotadas na entressafra, para reduzir a população e os danos causados por Pratylenchus brachyurus em soja. Realizou-se um experimento em área naturalmente infestada, nas safras 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013, em Vera, MT. Os tratamentos foram: milheto (Pennisetum glaucum) 'ADR 7010' (2010/2011) e 'ADR 300' (nas entressafras seguintes); milho (Zea mays) 'BRS 1010' (2010/2011) e 'GNZ 2005' (nas entressafras seguintes); braquiária ruziziensis (Urochloa ruziziensis); capim‑marandu (U. brizantha 'Marandu'); crotalária (Crotalaria ochroleuca); C. juncea; C. spectabilis; C. spectabilis + milheto 'ADR 300' (de 2011/2012 em diante); alqueive mecânico (duas gradagens + herbicida); pousio (sem controle de ervas daninhas); e testemunha (alqueive químico, com aplicação de herbicida). O alqueive mecânico, as crotalárias e C. spectabilis + milheto reduziram a população do nematoide antes da semeadura e nos estádios iniciais da soja. Após a colheita da soja, a população de nematoides não diferiu entre os tratamentos, o que indica que a multiplicação destes na cultura foi maior nos manejos com menor população inicial. O uso de C. spectabilis, milheto e C. spectabilis + milheto contribuíram para as maiores produtividades de soja. O cultivo de C. spectabilis, solteira ou consorciada ao milheto 'ADR 300', é a melhor opção para reduzir a população e os danos causados por P. brachyurus à soja na entressafra. 


Palavras-chave


Glycine max; gradagem; nematoide; plantas de cobertura; pousio

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