Ferrugem‑asiática da soja no Brasil: passado, presente e futuro

Claudia Vieira Godoy, Claudine Dinali Santos Seixas, Rafael Moreira Soares, Franscismar Correa Marcelino-Guimarães, Maurício Conrado Meyer, Leila Maria Costamilan

Resumo


A ferrugem‑asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é a doença mais severa da cultura e pode causar perdas de produtividade de até 90%. A doença foi relatada pela primeira vez no Brasil em 2001. Epidemias da doença são comuns no País, onde o fungo pode sobreviver durante todo o ano. Medidas regulatórias para reduzir o inóculo entre safras e evitar a semeadura tardia de soja têm sido adotadas para manejar a doença. O controle da doença tem se baseado principalmente no controle químico, mas uma menor sensibilidade do fungo aos fungicidas tem sido relatada no Brasil. Genes de resistência têm sido mapeados e incorporados às cultivares. Por causa da redução da eficiência dos fungicidas, a adoção de medidas integradas para o controle da doença será importante para a sustentabilidade da cultura. Este artigo de revisão apresenta as principais mudanças no sistema de produção da soja causadas pela introdução do fungo no Brasil, as medidas de controle atualmente usadas para evitar perdas, e as novas tendências que, juntas com estratégias biotecnológicas, podem melhorar o manejo da doença no futuro.

Palavras-chave


Glycine max; Phakopsora pachyrhizi; biotecnologia; controle químico; resistência genética; perdas; manejo

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