Depressão endogâmica na produção de leite no dia do controle de bovinos Gir leiteiro

Rodrigo Junqueira Pereira, Mário Luiz Santana Júnior, Denise Rocha Ayres, Annaiza Braga Bignardi, Aníbal Eugênio Vercesi Filho

Resumo


O objetivo deste trabalho foi estimar o efeito da endogamia sobre a produção de leite e sua persistência durante a lactação, em bovinos Gir leiteiro, bem como determinar o impacto de se considerar ou não o efeito da endogamia na avaliação genética dessa característica. Utilizaram-se 89.490 registros de produção no dia do controle, de 11.675 vacas em primeira lactação. O coeficiente e o incremento de endogamia individuais e o número equivalente de gerações completas de cada indivíduo foram computados. A depressão por endogamia foi estimada pela inclusão do efeito do incremento individual de endogamia, em um modelo de regressão aleatória. As soluções para a depressão por endogamia, de acordo com a classe de incremento individual de endogamia e a quinzena da lactação, variaram entre ‑1,238 e ‑0,135 kg, o que indica a redução da produção de leite com o aumento da endogamia. Em níveis mais elevados, a endogamia reduziu a persistência da produção de leite. A inclusão do efeito da endogamia no modelo de avaliação genética não afetou as estimativas de parâmetros genéticos e, praticamente, não alterou a predição dos valores genéticos e a classificação dos animais. Pode-se incluir o efeito da endogamia no modelo estatístico para a avaliação genética da característica produção de leite.


Palavras-chave


endogamia; parâmetros genéticos; persistência da produção de leite; regressão aleatória

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