Condição física e desenvolvimento radicular de gramíneas em solo construído após mineração de carvão

Lizete Stumpf, Eloy Antonio Pauletto, Luiz Fernando Spinelli Pinto, Gabriel Furtado Garcia, Jordano Vaz Ambus, Tiago Stumpf da Silva, Marilia Alves Brito Pinto, Ivana Kruger Tuchtenhagen

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a condição física e a potencialidade de uso agrícola de um solo construído após mineração com carvão, além do desenvolvimento radicular de gramíneas tropicais nesse solo, tendo‑se considerado diferentes períodos de revegetação. O solo foi construído no início de 2003, e o experimento instalado em novembro/dezembro de 2007. A condição física do solo construído foi avaliada nas parcelas ocupadas por gramíneas perenes, como Urochloa humidicola, Panicum maximum e U. brizantha. Em julho de 2012, foram coletadas amostras de solo com estrutura preservada e não preservada para a determinação dos atributos físico-químicos, nas camadas de 0,00–0,10, 0,10–0,20 e 0,20–0,30 m. Monólitos de solo foram coletados para caracterização do sistema radicular das diferentes gramíneas. Após 58 meses de revegetação, a condição física do solo construído ainda é inadequada ao uso agrícola que envolva práticas mais intensivas de manejo de solo. Entre as camadas avaliadas, somente a de 0,00–0,10 m fornece condições para que o solo cumpra suas funções no ecossistema. Urochloa brizantha mostra-se mais promissora para a recuperação da estrutura do solo na camada de 0,00–0,10 m, e a densidade radicular foi o atributo mais sensível para a diferenciação do desenvolvimento potencial das diferentes espécies nesta camada.


Palavras-chave


Panicum maximum, Urochloa brizantha, Urochloa humidicola, recuperação de áreas degradadas, revegetação, uso agrícola potencial.

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