Aspectos sanitários e desafios tecnológicos da microfiltração de leite integral a baixas temperaturas

Rafael Fagnani, Marisa Marroni Mexia, Ana Amélia Nunes Puppio, Ana Paula Pavão Battaglini

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da microfiltração do leite integral a baixas temperaturas, nas contagens bacterianas e na sua vida de prateleira. O processo de microfiltração foi avaliado a duas temperaturas (30 e 50ºC) e comparado à pasteurização lenta. Tanto a pasteurização quanto a microfiltração reduziram as contagens iniciais de bactérias aeróbias mesófilas e psicrotróficas, bem como a de coliformes totais no leite integral. A microfiltração a 50oC foi tão efetiva quanto o processo de pasteurização, tendo reduzido as contagens iniciais de bactérias aeróbias mesófilas em 4,4 ciclos logarítimicos; aumentado a durabilidade do produto, que atingiu 30 dias sem exceder 1.000 UFC mL‑1; e eliminado coliformes nas temperaturas de 35 e 45ºC, estabelecidas pela legislação brasileira. A microfiltração a 30ºC reduziu as contagens iniciais de bactérias aeróbias mesófilas em 2,2 ciclos logarítimicos; entretanto, Escherichia coli foi detectada no produto, que apresentou vida útil inferior a cinco dias. Portanto, a microfiltração a 30ºC pode ser associada a tratamentos térmicos, mas, quando aplicada isoladamente, apresenta resultados insatisfatórios.

Palavras-chave


Escherichia coli; membrana; qualidade microbiológica; pasteurização; vida de prateleira

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