Taxa de concepção de vacas Holandesas inseminadas artificialmente e afetadas por muco vaginal turvo, sob condições de intenso calor

Miguel Mellado, Laura Maricela Lara, Francisco Gerardo Veliz, Maria Ángeles de Santiago, Leonel Avendaño-Reyes, Cesar Meza-Herrera, José Eduardo Garcia

Resumo


O objetivo deste trabalho foi obter estimativas de prevalência de muco vaginal turvo durante o estro em vacas Holandesas criadas sob intenso calor, para avaliar o efeito das condições climáticas sobre sua ocorrência durante o estro e determinar seu efeito sobre a taxa de concepção. Em um primeiro estudo, foi estabelecida a associação entre a ocorrência de muco vaginal turvo durante o estro e a taxa de concepção de vacas inseminadas (18.620 serviços), criadas sob intenso calor (temperatura média anual de 22°C), em fazendas altamente tecnificadas, na região árida do norte do México. Em um segundo estudo, os dados desses grandes estábulos leiteiros foram utilizados para avaliar o efeito das condições climáticas, ao longo do ano, na ocorrência de muco vaginal turvo durante a inseminação artificial (76.899 cios). A taxa global de cios com muco vaginal turvo foi de 21,4% (16.470/76.899; intervalo de confiança de 95% = 21,1–21,7%). A taxa de concepção das vacas com muco vaginal límpido foi maior que a de vacas com muco anormal (30,6 vs. 22%). A prevalência de estros com muco vaginal turvo foi fortemente dependente de elevada temperatura ambiente, e significativamente maior em maio e junho. Taxas de concepção aceitáveis de vacas Holandesas com elevada produção de leite somente são obtidas em vacas que apresentem muco translúcido durante a inseminação artificial.

Palavras-chave


gado leiteiro; estresse por calor; eficiência reprodutiva; padrão sazonal; endometrite subclínica; infecção uterina

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