Parâmetros genéticos da mandioca quanto à tolerância ao deficit hídrico

Eder Jorge de Oliveira, Saulo de Tarso Aidar, Carolina Viana Morgante, Agnaldo Rodrigues de Melo Chaves, Jailson Lopez Cruz, Maurício Antônio Coelho Filho

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do deficit hídrico sobre os parâmetros e os valores genéticos da mandioca. Os experimentos foram realizados em delineamento de blocos ao acaso com três repetições, em campo com (CD) ou sem deficit hídrico (SD). A produtividade de raízes (PR), da parte aérea (PA) e de amido (PAM), assim como o número de raízes (NR) e a massa de matéria seca das raízes (MS) foram avaliados em 47 acessos de mandioca. Observaram-se diferenças significativas entre os acessos; conforme a herdabilidade, estas diferenças foram em sua maioria de natureza genética. As estimativas de herdabilidade dos efeitos genotípicos () variaram de 0,25±0,12 (NR) a 0,60±0,18 (MS) e de 0,51±0,17 (NR) a 0,80±0,21 (PR e PAM) para CD e SD, respectivamente, em decorrência da maior influência ambiental sobre o CD. A acurácia seletiva foi menor no CD, com variação de 0,71 (NR) a 0,89 (PR, MS e PAM). No entanto, os ganhos genéticos foram elevados, de 24,43% (MS) a 113,41% (PAM) no CD, e de 8,5% (MS) a 75,70% (PAM) no SD. Estes parâmetros genéticos podem ser úteis para definir estratégias de seleção, métodos de melhoramento e delineamentos experimentais mais apropriados, para a obtenção de ganhos genéticos em mandioca quanto à tolerância à seca.

Palavras-chave


Manihot esculenta; melhoramento; estresse hídrico; germoplasma

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