Dormência de gemas em macieira após flutuações térmicas

Rafael Anzanello, Flávio Bello Fialho, Henrique Pessoa dos Santos, Homero Bergamaschi, Gilmar Arduino Bettio Marodin

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de ondas de calor sobre a evolução da dormência de gemas de macieiras com necessidades contrastantes de frio hibernal. Brindilas de macieiras 'Castel Gala' e 'Royal Gala' foram coletadas de pomares em Papanduva, SC, e expostas à temperatura constante (3°C) ou alternada (3 e 15°C, por 12/12 horas), combinadas com zero, um ou dois dias por semana a 25°C. Dois outros tratamentos foram avaliados: temperatura constante (3°C), com onda de calor de sete dias a 25°C, no início ou no meio do período experimental. Periodicamente, parte das brindilas era transferida para 25°C, para avaliação da brotação das gemas apicais e laterais. A endodormência (dormência induzida pelo frio) foi superada com menos de 330 horas de resfriamento (HF) constante em 'Castel Gala' e menos de 618 HF em 'Royal Gala'. Um ciclo diário de temperatura a 15°C não afetou o processo de endodormência. Ondas de calor de 25°C durante a endodormência resultaram em aumento de HF para atender à necessidade das gemas. O efeito negativo da alta temperatura dependeu da duração desta condição. O resfriamento foi parcialmente anulado durante a dormência, quando a onda de calor durou 36 horas contínuas ou mais. Portanto, os modelos de predição da brotação necessitam de ajustes, principalmente para regiões com invernos amenos e irregulares, como os do Sul do Brasil.

Palavras-chave


Malus domestica; brotação; horas de frio; mudanças climáticas; modelos de dormência; endodormência

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