Balanço de massa e energia da carbonização da casca do coco babaçu em função da temperatura

Thiago de Paula Protásio, Paulo Fernando Trugilho, Alfredo Napoli, Marcela Gomes da Silva, Allan Motta Couto

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar os rendimentos da carbonização da casca do coco babaçu em função da temperatura final, bem como as perdas energéticas envolvidas nesse processo. Foram utilizadas conjuntamente as três camadas constituintes do coco babaçu, ou seja, o epicarpo, o mesocarpo e o endocarpo. O material foi carbonizado tendo-se considerado as seguintes temperaturas finais: 450, 550, 650, 750 e 850°C. Foram avaliados: rendimentos em carvão vegetal e energético, líquido pirolenhoso, gases não condensáveis e carbono fixo. O uso da casca do babaçu pode ser altamente viável para a produção de carvão vegetal. O rendimento em carvão vegetal da carbonização da casca do coco babaçu foi maior que o relatado na literatura para a carbonização da madeira de Eucalyptus, ao se considerar temperatura final de 450°C. Os rendimentos em carvão e energético diminuíram de forma mais acentuada em temperaturas mais baixas, com tendência de estabilização em temperaturas mais elevadas. Os rendimentos energéticos obtidos podem ser considerados satisfatórios, com perdas entre 45 e 52% (com base no poder calorífico superior) e entre 43 e 49% (com base no poder calorífico inferior) para as temperaturas de 450 a 850°C, respectivamente. Os rendimentos em carbono fixo e líquido pirolenhoso não são afetados pela temperatura final de carbonização.

Palavras-chave


biomassa alternativa; carvão vegetal; siderurgia; energia renovável

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