Balanço de cálcio e magnésio e desenvolvimento do milho em solos sob cerrado

José Eurípedes da Silva

Resumo


Variações no balanço de Ca:Mg prejudicam o desenvolvimento de raízes e a parte aérea das plantas. Apesar de serem requeridos em pequenas quantidades, a correção da acidez e do alumínio tóxico através da calagem incorpora ao solo quantidades elevadas de cálcio e magnésio, cuja proporção, dependendo da origem do material calcário, altera substancialmente o equilíbrio entre os dois nutrientes e entre os outros cátions do solo. Objetivando estabelecer um nível adequado de cálcio e magnésio que permita um bom desenvolvimento de raízes e parte aérea, foram estudadas quatro diferentes relações Ca:Mg (100:0, 75:25, 50:50 e 0:100; ou 4:0, 3:1, 2:2 e 0:4), em combinação com níveis crescentes de fósforo e de potássio em iguais condições de saturação de alumínio entre os tratamentos. O experimento foi realizado em casa de vegetação, utilizando-se o milho (Zea mays L.) como planta-teste em Latossolo Vermelho-Escuro argiloso e em Latossolo Vermelho-Amarelo, argilo-arenoso. Os dois solos apresentaram um comportamento semelhante quanto ao equilíbrio final de Ca:Mg. As alterações nesse equilíbrio foram mais críticas à medida que o balanço de Ca:Mg tornava-se desfavorável ao cálcio, produzindo deficiência generalizada do nutriente no solo, manifestada por um reduzido crescimento de raízes e parte aérea. Em contrapartida, o equilíbrio verificado a relações de Ca:Mg mais elevadas não foi tão crítico para o crescimento das plantas, sendo que até os 4O dias, não havia sido constatado qualquer sintoma de deficiência de magnésio. A importância da maior concentração de cálcio no solo foi evidenciada em todos os níveis de fósforo e potássio, sendo que o melhor equilíbrio entre os cátions foi obtido a uma relação Ca:Mg de 3:1, com uma saturação de cálcio de 63%, no LVE, e 70%, no LVA.


Palavras-chave


acidez; alumínio; toxidez; relação Ca:Mg

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