Intoxicação experimental pela “ maniçoba” ( Manihot glaziovii Muell. Arg.) em bovinos

Camillo F. C. Canella, Jurgen Döbereiner, Carlos Hubinger Tokarnia

Resumo


Em experimentos com bovinos com cerca de 100 kg de peso, realizados no Município de Campo Maior, Estado do Piauí, foram dados por via oral 125, 250 e 500 g de brotação fresca da “maniçoba” (Marsihot glaziovii Muell. Arg.). Esta brotação deu reação fortemente positiva para ácido cianídrico em testes feitos com "papel picro-sódico". Enquanto o animal que recebeu a dosagem menor não mostrou quaisquer sintomas, os outros dois bovinos morreram após mostrar um quadro agudo de intoxicação. Foi obtido na região um histórico segundo o qual ocorrem mortandades em bovinos logo depois das primeiras chuvas na entrada da época "das águas", outubro/dezembro. Estas mortandades são atribuídas à ingestão da "rama murcha" (folhas murchas da "maniçoba"), pois após as primeiras chuvas há frequentemente uma estiagem que dura até semanas, durante a qual a primeira brotação da vegetação ficaria murcha. Concluem os autores, baseando-se em informações obtidas, em suas observações e seus experimentos, que a brotação de M. glaziovii seja realmente responsável na região por estas mortandades.


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