Estudos sobre a incidência e as lesões histopatológicas da toxoplasmose em mamíferos doméstico (cães e coelhos ) no Brasil
Resumo
As observações foras realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói e no Distrito de Seropédica (Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro, Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro). A doença foi sempre diagnosticada pelo exame histopatológico de órgãos toráxicos e abdominais, após a execução das respectivas necrópsias. Dos mamíferos domésticos observados, apenas cães e coelhos se mostravam infectados pelo Taxoplasma gondii. De 873 cães necropsiados, 16 exibiam a infecção (1,8%). Dentre 499 coelhos necropsiados, 6 tinham a infecção (1,2%). Dos órgãos examinados, eram mais constantemente lesados o fígado, o baço e os pulmões. A infecção determinava necrose miliar nos órgãos. Microscòpicamente, os focos necróticos tinham um aspecto filamentoso, lembrando o da fibrina; havia pouca reação inflamatória perifocal. Em dois coelhos, uma necrose maciça dos gânglios mesentéricos foi observada; lesões do mesmo tipo foram evidenciadas, igualmente, duas vezes no baço de tais roedores. Aparentemente, o toxoplasmose consistiu sempre a causa da morte dos animais infectados, exceto a de um coelho que morreu em consequência de uma neoplasia maligna uterina. Durante o exame histopatológico de idênticos órgãos no mesmo período, a toxoplasmose não foi observada nos seguintes animais domésticos: bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, gatos, cobaios, ratos e camundongos. As observações foram realizadas entre janeiro de 1933 e agosto de 1966.
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