Melaço, mandioca e farelo de algodão como suplementos para olho de cana fresco ou ensilado

Antônio Leandro Estima, Giovani Carício Caldas, Silvio Parente Viana, Manuel Francisco de Morais Cavalcanti, Arthur Roberto L. de Carvalho, Maria Sales Farias, Glen P. Lofgreen

Resumo


Foram realizados experimentos para determinar a resposta de crescimento do gado Zebu e Holandês aos olhos de cana frescos ou ensilados suplementados e não suplementados. Os suplementos estudados foram o melaço, mandioca e farelo de algodão. Os ganhos de peso do gado alimentado com silagem sem suplemento foram significativamente mais baixos do que os que se alimentaram com olhos de cana frescos sem suplemento. Os dados sobre a utilização da energia, contudo, indicaram que o problema ligava-se à palatalidade e não à utilização do nutriente. Os olhos de cana frescos apenas, mantiveram o peso corporal, enquanto que o gado recebendo silagem perdeu peso. Nem o melaço, nem as raízes de mandioca fornecidos na dose de 0,5 kg por 100 kg de peso corporal tiveram qualquer efeito estimulante como suplemento dos olhos de cana. O farelo de algodão, por sua vez, causou um estímulo de 0,78 kg por cabeça e por dia, quando fornecido na mesma dose. Os valores de energia líquida para manutenção e produção foram determinados para os olhos de cana e para o farelo de algodão por uma técnica comparativa de abate, usando a gravidade específica das carcaças de um grupo inicial servido como amostra, sendo todos os animais abatidos no fim do estudo. A energia líquida para a manutenção dos olhos de cana, tanto frescos como ensilados foi 1,04 megcal por kg de matéria seca, enquanto que a energia liquida para a produção foi 0,46 megcal por kg de matéria seca. Os valores correspondentes para o farelo de algodão foram 1,62 e 1,27 megcal por kg de matéria seca. Dessa forma, para manutenção os olhos de cana valeram 64% de farelo de algodão como uma fonte de energia, mas para a produção, os olhos de cana valeram apenas 36% do valor do farelo de algodão.


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