Efeitos da aplicação de nitrogênio, fósforo, potássio e calcário na cultura da ervilha (Pisum sativum L.) em Rosário do Sul, Rio Grande do Sul

Heitor A. Oliveira, José F. V. Moraes, Maurício M. Pilczer, Raul E. Kalckmann, João G. C. Silva

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo o estudo da influência da adubação mineral (N, P e K) e da calagem (calcário dolomítico) sobre a produção de grãos verdes de ervilha (Pisum sativum L.). Nos anos de 1964, 1965 e 1966 foram realizados trabalhos experimentais no Município de Rosário do Sul, Rio Grande do Sul, a 30° 15' 27" de latitude Sul e a 54°  57' 57" de longitude W. Gr., e uma altitude de 130 m. Estes experimentos foram acompanhados por análises de solo de cada parcela, realizados antes da aplicação do calcário e dos adubos e no período de floração da ervilha. Foram estudadas as produções de grãos verdes em relação aos seguintes níveis de nitrogênio, fósforo, potássio e calcário: a) Nitrogênio:  0 - 30 - 60 kg/ha de N; b) Fósforo: 0 - 30 - 60 - 90 kg/ha de P2O5; c) Potássio: 0 - 30 - 60 kg/ha de K2O; d) Calcário dolomítico: 0 - 5.000 kg/ha. Os adubos empregados foram os seguintes: a) Sulfato de amônio (21% de N); b) Superfosfato triplo (42% de P2O5); e) Cloreto de potássio (60% de K2O). A análise granulométrica do calcário revelou a seguinte composição: passagem na peneira n.° 10 (2 mm): 99,8%; passagem na peneira n.° 50 (0,297 mm): 64,2%; passagem na peneira n.° 70 (0,210 mm): 48,7%. Nos anos de 1964 e 1966 foi empregado o fatorial 33, com duas repetições (uma com corretivo e outra sem corretivo), em três blocos de nove tratamentos cada um, com parte da interação tríplice confundida (grupamento W de Yates), e com o acréscimo de uma testemunha em cada bloco (ausência de adubação). Em 1965 o fatorial 33 (27 tratamentos) foi delineado em blocos casualizados, com duas repetições (uma com corretivo e outra sem corretivo). Não foi realizada a análise estatística conjunta dos resultados obtidos nos três anos de investigação (1964 a 1966), tendo em vista o pequeno período de experimentação. Os resultados alcançados permitem concluir: Aplicações crescentes de nitrogênio (30 e 60 kg/ha de N) proporcionaram, na ausência do calcário, progressivos aumentos de rendimento. Na presença do corretivo (5.000 kg/ha de calcário dolomítico) não houve reação à adubação nitrogenada. A adubação fosfatada propiciou significativos aumentos de rendimento. Não houve diferenças significativas de rendimento entre os três níveis de fósforo empregados (30, 60 e 90 kg/ha de P2O5). A adubação fosfatada com a aplicação de calcário dolomítico (5.000 kg/ha) aumentou significativamente o rendimento. O efeito da adubação potássica sobre o rendimento foi ora nulo, ora negativo. A influência da calagem (5.000 kg/ha de calcário dolomítico) foi positiva, aumentando o rendimento. Quanto a efeitos residuais, os dados disponíveis não oferecem elementos que possibilitem conclusões definitivas.


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