Leptospiras isoladas do camundongo Mus musculus brevirostris no Estado do Rio de Janeiro

Fernando Cordeiro

Resumo


De 116 camundongos (Mus musculus brevirostris Waterhouse, 1837) capturados no Distrito de Seropédica, Município de Itaguaí utilizados na pesquisa de leptospiras por método bacteriológico, 46 (39,6%) eram portadores de leptospiras. Foram isoladas por cultura direta 42 cêpas de rins, 6 de urina e 3 de sangue. Por inoculação de macerado de rim diluído em cobaios foram obtidas, ainda, 4 culturas positivas de sangue, 3 de urina, 4 de rim e 3 de fígado. A microscopia de campo escuro do mesmo material evidenciou a presença de leptospiras somente em 6 casos. O meio de Fletcher propiciou maior número de isolamentos, entretanto, o de Korthof evidenciou o crescimento das leptospiras mais rapidamente. Quatro cêpas isoladas, testadas por micro-aglutinação com 15 soros hiperimunes, reagiram positivamente para o sorotipo pomona. Êste sorotipo ainda não havia sido isolado de animais silvestres no Brasil. O autor acredita ser o camundongo um dos maiores reservatórios silvestres de leptospiras na região.


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